**2013** Sem perdão não existe amanhã…

perdão“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1João 1:09)

Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família; pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Observo que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.

Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens.
É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.

Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória) o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão.

Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa.
Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.

Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar. Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã…

Texto escrito por um pastor anônimo e editado por mim.

Curar ou perdoar?

Qual é mais fácil dizer: os teus pecados te são perdoados; ou dizer: levanta-te e anda? (Lucas 5: 23)

Jesus fez esta pergunta, e sugiro que esta mesma pergunta seja referida a todos nós. Imagine que, o próprio Jesus fizesse esta pergunta a você, o que responderia?

As Escrituras nos diz; que Jesus estava num local ensinando e ali havia fariseus e doutores da lei (ou seja, homens conhecedores da palavra) e havia grande multidão.

Então alguns homens carregavam um homem paralítico o qual almejava ser curado, e não somente isso, eles criam que este poderia ser curado por Jesus. No entanto, por causa da multidão não conseguiam chegar até Ele, então subiram no telhado e por entre as telhas baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. (Lc. 5:19)

E vendo Ele a fé deles, disse: homem os teus pecados estão perdoados. (Lc. 5:20)

Então a Bíblia diz que os escribas e farizeus diziam: Quem é este que diz blasfêmias? quem pode perdoar pecados senão só Deus? (Lc. 5:21)

Exatamente neste ponto há um mistério revelado:

1) Os mesmos que se diziam doutores da Lei, estavam cegos diante do Filho de Deus.

2) Eles mesmos disseram: – Somente Deus pode perdoar pecados. estavam corretos! mas  seus corações obscurecidos pelo orgulho os cegou, e não puderam perceber que estavam diante do próprio Deus!

Há meus amados, quantas religiões, tradições, rituais e cerimônias para que as pessoas sejam curadas fisicamente por Deus, enquanto suas almas definham na religiosidade e apodrecem na hipocrisia.

Do que precisamos, de cura ou de salvação? do que precisamos, da lei ou de Deus? Do que precisamos de milagres ou de Cristo?

Muitas são as religiões que prometem “curas, milagres, paz” e tudo isso de forma superficial e ilusória, porque a verdade é que não há satisfação fora de Cristo, porque o que de fato pode saciar e satisfazer a alma do homem é simplismente ser liberto do jugo do pecado!

O pecado daquele povo foi não crer em Cristo, esta é a condenação: a luz veio ao mundo, mas amaram mais as trevas do que a luz… (João 3:19)

Quando aqueles homens creram que Jesus podia curar, antes disso, o reconheceram como Deus em seus corações, sentiram suas misérias e perceberam que não haveria outra forma de sobrevivência, a não ser ousar, da forma mais inusitada para se achegar a Ele, e assim receber a benção. Jesus gosta disso! Pois a fé pode salvá-los, e Jesus veio para nos salvar, mas antes, precisamos crer, de outra forma jamais nos entregaremos como Deus quer.

No verso 31 Jesus diz: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos, eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento.

Para receber a cura, você precisa receber o médico, para receber o perdão você precisa crêr, para ser salvo você precisa ousar se entregar completamente a Ele!

Recentemente vi o vídeo abaixo e confesso que foi o mais emocionante que já assisti na web, trata-se de um povo humilde, insocial e paupérrimo. A respeito deste povo, muitos diriam que; sua maior necessidade é uma cesta de alimentos, vestimenta e outras condições básicas de sobrevivência… Mas este povo foi muito além, eles descobriram que sua verdadeira necessidade, não se tratava de nada que viesse ser suprido nesta vida, mas na vindoura! e se tornaram ricos, sábios e eleitos. Vendo este povo, percebi que não entendo absolutamente nada do que é amar a Palavra, ser crente e confiar inteiramente no Senhor.

Assistam o vídeo e reflita sobre isso.

Deus abençoe a todos, em nome de Jesus!